MIS PRO

O partido tem duas premissas principais de projeto. A primeira é entender o valor que existe naquele tecido urbano para ser preservado. Decidimos manter a fachada da rua e respeitar o gabarito, de modo que o prédio não se sobressaísse no contexto da Lapa. Depois, dentro de limites, propomos a extensão do espaço público para o interior da construção.

A proposta de um edifício para a gestão do acervo cultural do Museu da Imagem e do Som - MIS PRO, na Lapa, vai ao encontro das atuais intenções de qualificação das áreas centrais da cidade do Rio de Janeiro. Neste sentido a proposta apresentada pretende estabelecer uma relação franca entre o edifício e o espaço público no seu entorno.

O edifício atual do MIS, na Rua Visconde de Maranguape, é um dos remanescentes históricos que compõem o tecido urbano desta área e deve ter sua volumetria e fachada preservados. Seu gabarito será adotado para as novas construções na parte posterior do terreno. Uma avaliação dos demais edifícios construídos no lote levou à conclusão de que não há maiores interesses na sua preservação, principalmente por não atender aos novos usos propostos.

O nível de acesso é uma extensão da calçada, livre de controles. O piso público invade o interno, como uma rua, num convite ao espaço expositivo, à loja, ao café, e aos demais programas. Este partido dialoga com o projeto em construção em Copacabana, no qual a fachada é uma extensão do calçadão.

Arquiteto paulista vence concurso para projetar sede do Museu da Imagem e do Som
Agência Brasil, 2014

Local
Rio de Janeiro

Data do concurso
2014

Arquitetura
Silvio Oksman, Beatriz Vicino, Marjorie Nasser, Vito Macchione

Conservação
Ana Paula Tanaka