Memorial
Reconhecer um centro em comum configurado por uma única sala foi o gesto inicial que constitui a premissa fundamental do projeto expográfico. No desenvolvimento do projeto a linha contínua, perímetro da sala, vibra através de avanços e recuos de modo a assegurar que nem a arte nem o acervo fosse a todo tempo o mais próximo desse centro ou, em outros termos, fosse o de primeira visibilidade. Com essa vibração o prisma regrado ganha outras profundidades alternando o protagonismo dos dois conjuntos a partir da visão central.
O segundo gesto estruturante a delinear essa paisagem é sua estratificação cromática que configura em linhas verticais os painéis. Iniciada na necessidade de reconhecer a posição relativa do acervo indígena em relação ao corpo, avança para uma compreensão de extratos e se amplia também como estratégia para o gráfico. Campo cromático que ecoa os cortes geológicos de prova em terreno e suas profundidades e densidades distintas em camadas. 
Nessa paisagem, reconhecer a origem de cada peça em relação às duas coleções é fundamental. Painéis brancos acoplados ao extrato recebem obras de arte contemporânea e os diferentes extratos em cinza recebem acervo indígena. Do centro da sala, em aproximações e distâncias variadas se pode vislumbrar o conjunto, sem hierarquias óbvias, ensaiando vizinhanças e contato.  

Publicações
Ficha técnica
Local
Sesc Pinheiros, São Paulo
Data
2016
Expografia
Anna Helena Villela e Marta Bogéa
Colaboração: Liz Arakaki
Curadoria
Moacir dos Anjos (arte contemporânea)
MAE-USP (museológica): Maria Cristina Oliveira Bruno, Carla Gibertoni Carneiro, Ana Carolina Delgado Vieira, Francisca Figols
Produção
Com Tato
Projeto gráfico
Estudio Campo
Fotografias
Ding Musa

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